sexta-feira, 11 de junho de 2010

Anfíbios

Esta classe de animais vertebrados, composta por sapos, rãs, salamandras aquáticas e as cecílias, foi a primeira a aparecer no planeta terra por volta de 300 milhões de anos. Hoje, habitando algumas ilhas da Indonésia, ainda existem espécimes raros e antigos que viveram na Idade do Carvão, período em que estes animais foram o grupo dominante.

SISTEMA CIRCULATÓRIO

O coração apresenta três cavidades: dois átrios (um direito e um esquerdo) e um ventrículo. O sangue venoso, pobre em O2, vindo dos pulmões, penetra no átrio esquerdo. Os dois tipos de sangue passam para o único ventrículo onde se misturam, ainda que parcialmente. Do ventrículo, o sangue é bombeado para um tronco arterial (conjunto de vasos) que distribui sangue para a cabeça, tronco e pulmões.
A circulação é dupla e incompleta: dupla, porque o sangue passa duas vezes pelo coração a cada ciclo de circulação, incompleta, porque o ventrículo é único e nele o sangue arterial e venoso se misturam.

REPRODUÇÃO

Nos sapos, rãs e pererecas, os sexos são separados. A fecundação é externa, em meio aquático. As fecundações vão ocorrendo, e cada ovo possui uma membrana transparente que contém, no seu interior, um embrião em desenvolvimento que consome, para a sua sobrevivência, alimento rico em reservas originadas do óvulo.
Após certo tempo de desenvolvimento, de cada ovo emerge uma larva sem patas, o girino, contendo cauda e brânquias. Após certo tempo de vida na água, inicia-se uma série de modificações no girino, que prenunciam a fase adulta. A metamorfose consiste na reabsorção da cauda e das brânquias e no desenvolvimento dos pulmões e das quatro patas.

SISTEMA DIGESTÓRIO

Inicia-se pela boca, que se apresenta como uma fenda transversal na extremidade anterior do corpo.
Continua-se com cavidade bucal e, em seguida segue-se a faringe (A língua é presa pela sua extremidade anterior, sendo protáctil; o que lhe permite projetá-la para fora e prender sua vítima com a parte de trás desse órgão. Na cavidade bucal, encontramos as aberturas dos orifícios respiratórios.
À faringe, segue-se o esôfago e, posteriormente o estômago, que se continua com o intestino que termina na cloaca. No céu da boca ainda encontramos os “dentes vomerianos”, que tem função de prender os alimentos ( não são dentes verdadeiros ). Como órgãos anexos encontramos o fígado, pâncreas e vesícula biliar. A alimentação é bem variada: insetos, ratos, cobras, etc.


TROCA DE GASES

Os anfíbios adultos precisam viver perto da umidade: sua pele é fina e pobremente queratinizada, muito sujeita à perda de água. Uma delgada epiderme, dotada de inúmeras glândulas mucosas, torna a pele úmida e lubrificada, constituindo-se de um importante órgão respiratório.

Nos sapos, os pulmões são extremamente simples, equivalem a dois "sacos" de pequeno volume e de pequena superfície de trocas gasosas. Essa característica é que aumenta a importância da pele como órgão respiratório.

Fonte: http://isaacbio.wordpress.com/2008/06/05/anfibios/

Osteictes: Os Peixes Ósseos


SUA ESTRUTURA:

A cabeça estende-se da ponta do focinho á abertura do opérculo, o tronco daí ao ânus, para trás do qual se tem a cauda. O corpo apresenta uma forte musculatura segmentar – miomeros -, separados por delicados septos conjuntivos.
O esqueleto é formado por ossos verdadeiros, embora algumas espécies possam apresentar ossos cartilagíneos, com numerosas vértebras distintas, embora seja frequente a persistência de notocorda nos espaços intervertebrais.
O esqueleto apresenta 3 partes principais: coluna vertebral, crânio e raios das barbatanas. Da coluna vertebral partem as costelas e a cintura peitoral (não existe cintura pélvica, ligando-se essas barbatanas por meio de tendões, sem ligação á coluna vertebral). Numerosos outros pequenos ossos sustentam os raios das barbatanas.
Ao contrário dos peixes cartilagíneos, e devido à presença de bexiga natatória, os peixes ósseos não necessitam das barbatanas para se manterem a flutuar, usando-as apenas para manobrar na água.

SISTEMA NERVOSO

Inclui um encéfalo distinto e órgãos dos sentidos desenvolvidos, nomeadamente:
• Olhos - grandes, laterais e sem pálpebras, provavelmente apenas capazes de focar com precisão objetos próximos, mas que percebem facilmente movimentos distantes, incluindo acima da superfície da água.
• Ouvidos - com três canais, permitem uma audição apurada, até porque o som se propaga bastante bem dentro de água. Muitos peixes comunicam entre si produzindo sons, seja esfregando partes do corpo entre si, seja com a bexiga natatória;
• Narinas – localizadas na parte dorsal do focinho, comunicam com uma cavidade coberta de células sensíveis a moléculas dissolvidas na água;

SISTEMA DIGESTÓRIO

Tem a boca grande em posição terminal, rodeada de maxilas e mandíbulas distintas, onde estão implantados dentes cônicos e finos. Existem outros dentes, localizados nos primeiros arcos branquiais, úteis para prender e triturar o alimento. Na boca existe ainda uma pequena língua, ligada ao chão da cavidade e que ajuda nos movimentos respiratórios.

SISTEMA CIRCULATÓRIO

Tem um coração com duas cavidades (aurícula e ventrículo) por onde circula apenas sangue venoso. O sangue é pálido e escasso, quando comparado com um vertebrado terrestre.

SISTEMA RESPIRATÓRIO

Apresenta tipicamente brânquias, sustentadas por arcos branquiais ósseos ou cartilagíneos e localizadas no interior de uma câmara comum de cada lado da faringe. Essa câmara está coberta por um opérculo, fino e de margens livres abaixo e atrás. Os arcos branquiais apresentam expansões que protegem os filamentos brânquiais de partículas duras e evitam a passagem de alimento pelas fendas branquiais.Nas branquias existe um mecanismo de contracorrente entre a água e o sangue que as irriga, aumentando a eficiência das trocas gasosas.

Peixes Concrictes


Os Chondrichthyes, classe de peixes com esqueleto são representados por animais marinhos pertencentes ao grupo dos vertebrados que apresentam boca com mandíbula: as raias, os tubarões e as quimeras, que tem crânio, vértebras e demais estruturas esqueléticas bem desenvolvidas.
Esses organismos possuem pele revestida por escamas com parte externa esmaltada (de origem epidérmica), e a interna denominada dentina (de origem dérmica), envolvendo um canal central chamado polpa.
Essa característica hidrodinâmica relacionada à forma alongada ou discóide, confere grande mobilidade aos peixes, diminuindo a resistência e facilitando o movimento no ambiente aquático, auxiliando a funcionalidade das nadadeiras.
Nos condrictes, além das nadadeiras ímpares, existem dois conjuntos de nadadeiras pares: as peitorais e as pélvicas, conferindo maior velocidade, estabilidade e agilidade no deslocamento vertical, ou seja, no movimento de subir ou descer na coluna de água.
As brânquias dos peixes cartilaginosos abrem-se em fendas laterais na região anterior do corpo.
Durante a evolução, os primeiros peixes desse grupo não tinham mandíbula, e a boca possuía aspecto de uma ventosa. A partir do primeiro arco esquelético branquial, surgiram a mandíbula e o arco hióide, articulando a mandíbula ao crânio, sendo os demais arcos esqueléticos servindo de sustentação para as brânquias.
Dessa forma, a formação da mandíbula ocasionou maior adaptação quanto à captura de presas (predação), aumentando a variedade de alimentos disponíveis, proporcionando a esses animais ocupação em novos nichos ecológicos.

CLASSIFICAÇÃO

A classe dos condrictes se divide em:

Holocephali (holecéfalos) → As quimeras: organismos com cerca de 1 metro de comprimento, olhos grandes, calda longa e flexível, ausência de escamas revestindo o corpo, possuem brânquias protegidas por opérculo, habitando águas oceânicas de baixa temperatura (entre 100 e 1500 metros de profundidade).

Elasmobranchii (elasmobrânquios) → Os tubarões e as raias: com aproximadamente 790 espécies, os organismos deste grupo chegam a medir de 6 a 20 metros de comprimento, possuindo fendas branquiais sem proteção opercular, com proeminente região anterior da cabeça formando o rostro, alojando em posição ventral o aparelho bucal capaz de se projetar.

SISTEMA NEUROSSENSORIAL

Tanto o sistema nervoso quanto o sensorial, a exemplo dos tubarões, é bem desenvolvido:

- A visão é nítida, porém não enxergam colorido;
- As narinas não desempenham função respiratória, contudo o olfato aguçado é capaz de detectar, através de quimiorreceptores, pequenas frações de substâncias (uma gota de sangue) dissolvidas no oceano, a quilômetros de distância;
- Portador de orelha interna, sensível a vibrações causadas por perturbação na água;
- E presença de linha lateral longitudinal ao corpo do animal, contendo células mecanorreceptoras (os neuromastos), possibilitando orientação quanto à posição e direção.

SISTEMA RESPIRATÓRIO

Na respiração, a água (contendo oxigênio dissolvido) entra pela boca, passa pela faringe e banha de cinco a sete pares de brânquias (onde o O2 é absorvido) e sai pelas fendas branquiais.

SISTEMA REPRODUTOR

São animais de sexos separados, com fecundação interna e desenvolvimento direto. A maioria das espécies é ovípara ou ovovivípara, porém existem espécies vivíparas, formando uma rudimentar placenta derivada do saco vitelínico do embrião, ligada ao útero da fêmea. O macho apresenta nadadeira pélvica modificada em órgão copulador.

SISTEMA DIGESTÓRIO

Apresentam boca ventral, com mandíbulas e várias fileiras de dentes pontiagudos, apresentam estômago, intestino com válvula espiral, pâncreas e fígado.
O intestino termina em uma numa cloaca.


Fonte: http://www.brasilescola.com/biologia/condrictes.htm

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ciclóstomos

São os peixes sem mandíbulas que têm nadadeiras ímpares. Possuem um coração com duas cavidades (por onde só passa sangue venoso), respiração branquial e sexos separados com fecundação externa. Excretam amônia e uréia através de um par de rins simples.

Os ciclóstomos compreendem as lampréias e as feiticeiras. As lampréias são encontradas tanto em água salgada como doce, mas os peixes-bruxa (feiticeira) ocorrem apenas em água salgada. Os ciclóstomos são encontrados em águas frias de ambos os hemisférios. As linhas de evolução das lampréias e feiticeiras divergiram muito cedo e provavelmente tiveram origens diferentes entre seus ancestrais Ostracodermos. Alguns ictiologistas colocam por isso estes peixes em classes separadas e distintas. A feiticeira e a lampréia estão em classes diferentes uma vez que as lampréias desenvolveram vértebras e as feiticeiras não.


Feiticeiras:

Possuem cerca de 1m de comprimento, alimentam-se principalmente de pequenos poliquetos, crutáceos e peixes moribundos. Na cavidade bucal existem pequenos dentes córneos usados para arrancar pedaços do corpo da presa, que depois é ingerida pelo sistema digestório. A alimentação nos adultos é desvinculada da filtração de água.

São animais hermafroditas, mas geralmente só o ovário ou só o testículo é funcional em um indivíduo. Não se sabe ainda como ocorre a fecundação; os óvulos dos quais eclodem indivíduos jovens, são encontrados fixos no fundo do mar. As feiticeiras não passam por estágio larval, seu desenvolvimento é direto.

Lampréias:

São principalmente ectoparasitas de peixes, golfinhos e baleias. Sua boca é ampla, com numerosos dentes córneos que possibilita a sua fixação nos outros animais. São animais de sexos separados, a fecundação ocorre externamente e após a eliminação dos gametas os adultos morrem. A fase adulta é curta, geralmente não ultrapassando 2 anos.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Cefalocordados

Os cefalocordados, animais marinhos que parecem peixes, compreendem cerca de 30 espécies. Tem nocorda na região dorsal durante toda a vida e não desenvolvem coluna vertebral. O principal exemplo de cefalocordados é anfioxo, um pequeno animal só encontrado em águas límpidas e calmas, tem corpo alongado, semelhante ao de um peixe, vivem semi-enterrados na areia, mantendo somente a parte anterior do corpo fora do substrato.

Respiração: Tem fendas branquiais que servem pra filtração de alimentos e para respiração branquial. Essas fendas branquiais ou faringianas promovem a entrada de água pela boca e saída por um poro especial denominado atrióporo. Esses animais obtêm o oxigênio e o alimento por meio dessa circulação de água.

Sistema circulatório: formado por artérias, veias e vasos menores, responsáveis pela propulsão do sangue, mas não possuem um coração especializado.
Sistema excretor: a excreção é feita pelo ânus, órgão excretório tubular que se abre diretamente para fora do corpo.

Sistema nervoso: é formado por um cordão nervoso dorsal e uma dilatação anterior chamada vesícula encefálica ou vesícula cerebral, que funciona como um cérebro simples.

Fecundação: tem sexos separados e fecundação externa, os gametas são lançados na água, onde se fecundam.

O anfioxo possui notocorda que se estende por todo corpo.

Fonte: Biologia - de olho no mundo do trabalho (Sídio Machado); Bio - volume 2, 2002 (Sônia Lopes).

Urocordados



Também conhecidos como tunicados, de que se conhecem cerca de 2000 espécies, são os animais que menos compartilham semelhanças com os outros cordados.
Os urocordados constituem um subfilo dos cordados. Alguns são de vida livre e outros, depois de uma curta fase larvar, fixam-se nas rochas, cascos de navios, conchas, etc. Variam de tamanho, desde o quase microscópico até aos 30 centímetros de diâmetro. Só as formas larvares apresentam características de cordados. O nome "tunicado" está relacionado com a existência, nestes cordados, de uma forte túnica, de natureza celulósica, que rodeia o corpo e é segregada pelo epitélio da ectoderme. O exemplo mais representativo é a ascídia e são exclusivamente marinhos.
Cuvier designou o grupo pelo nome tunicados e colocou-o entre os Equinodermes e os Anelídeos. Em 1866, Kowalewsky, baseado num cuidadoso estudo das fases de desenvolvimento da larva da ascídia, demonstrou a verdadeira posição do grupo entre os cordados. As características que permitem distinguir os urocordados ou tunicados dos restantes cordados são:
- a corda dorsal aparecer apenas nas fases larvares e estar limitada à região caudal;
- o tubo neural, existente nas formas larvares, reduzir-se na forma adulta a um gânglio dorsal, estando o corpo rodeado por uma túnica de natureza celulósica;
- as fendas branquiais, tal como nos cefalocordados, fazerem parte de um cesto branquial, que serve para a respiração e como aparelho filtrador de partículas alimentares.


Fonte
: Porto: Porto Editora, 2003-2010.

Filo Chordata: características gerais

O filo Cordado reúne animais que possuem, pelo menos no período embrionário, a notocorda, o sistema nervoso dorsal, as fendas faringeanas e a cauda pós-anal. Na fase adulta, somente o sistema nervoso dorsal permanece em todos os cordados.





Notocorda: bastão dorsal, gelatinoso, flexível e responsável pela sustentação.
Sistema nervoso dorsal: formado a partir de um cordão celular oco, derivado das invaginações do ectoderma e localizado acima da notocorda.
Fendas branquiais/faringianas: estruturas respiratórias pares localizadas na faringe, ou seja, na zona anterior do tubo digestório.
Cauda pós-anal: cauda muscular formada atrás do ânus do animal.

Este filo é constituído por animais triblásticos (possuem três tipos de tecidos), bilatérios (um plano que passe pelo meio do seu corpo dividindo-o em duas metades simétricas, sendo cada uma delas a imagem especular da outra) e deuterostômios (apresentam de boca e ânus separados) que se dividem em três subfilos: urocordados, cefalocordados e vertebrados.


SISTEMA DIGESTÓRIO:
- Completo (boca, esôfago, estômago, intestino, reto e ânus).
- Glândulas anexas: salivares, fígado e pâncreas.
- Digestão extracelular.

SISTEMA CARDIOVASCULAR:
- Circulção fechada
- Sangue com pigmento respiratório (hemoglobina) contido nas hemácias.
- Coração pode ser bicavitário (1 átrio e 1 ventrículo - ex: peixes) e tricavitário (2 átrios e 1 ventrículo).

SISTEMA RESPIRATÓRIO:
- Nos peixes e larvas de anfíbios é branquial.
- Nos anfíbios adultos é pulmorar.

SISTEMA EXCRETOR:
- A excreta nitrogenada depende da disponiblidade de água do animal e pode ser amônia, uréia ou ácido úrico.

SISTEMA NERVOSO:
- É bem desenvolvido e constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal.
- O encéfalo é protegiso pelo crânio.
- Rede nervosa bem desenvolvida, constituída de nervos e glângios.
- Sistema sensorial bem desenvolvido, com órgãos dos sentidos especializados em captar estímulos táctieis, olfativos, auditivos e visuais.